Mesmo com a possibilidade de disputar como primeiro suplente do candidato a senador do PMDB, o PT ainda vê como certa a vaga de vice-governador na chapa do pré-candidato Lobão Filho (PMDB). Com a desistência do petista José Costa, outro José, o Antônio Heluy, deverá disputar sozinho a indicação da vaga de vice, prometida ao partido. "Hoje, o cenário aponta o 'nosso' como único nome", garante o petista, referindo-se a sua indicação.
A ala governista do Partido dos Trabalhadores no Maranhão decidiu pela manutenção do apoio ao PMDB no estado, no Encontro de Tática Eleitoral, realizado no dia 28 do abril, tendo direito a indicação à vaga de vice-governador. Na ocasião, escolheram dois nomes como favoritos para o cargo, os ex-secretários do Governo Roseana Sarney, José Antônio Heluy (Trabalho e Economia Solidária) e José Costa (Ciência e Tecnologia). De acordo com José Heluy, a desistência de Costa à disputa foi uma decisão consensual. "Discutimos internamente no partido", afirmou.
Apostando nas relações construídas durante os cinco anos a frente da Secretaria de Trabalho e Economia Solidária, Antônio Heluy acredita que pode contribuir com a vitória de Lobão Filho. "O 'nosso' nome tem a capacidade de aglutinar vários setores da sociedade, dialogando desde a classe empresarial a movimentos sociais", defende o pré-candidato.
Durante a tarde de ontem (13), a executiva estadual do PT reuniu-se para traçar o calendário de inscrições para novos candidatos à vaga de vice-governador. Até o dia 24 de maio, quando será a definição oficial do nome, outros petistas poderão se candidatar ao cargo.
Suplência ao Senado
O presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, assegurou que a única decisão tomada até agora é que a vaga de vice-governador do pré-candidato Lobão Filho é do partido, descartando qualquer definição quanto a suplência ao Senado. "A única decisão consolidada é sobre a vaga de vice-governador", garantiu. Questionado sobre a disputa para senador, Monteiro foi enfático: "Nada está sendo discutido".
Desde a semana passada especula-se que Lobão Filho teria oferecido o cargo de vice-governador ao deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), no intuito de apaziguar a situação no PMDB local (já que Arnaldo disputa com o companheiro de partido, Gastão Vieira, a pré-candidatura ao Congresso Federal) e para atender ao pedido da alta cúpula do PT nacional - que desejaria o nome de Gastão ao senado.
À equipe de O Imparcial, na edição do dia 9 de maio, Monteiro não negou que o PT poderia ficar com a suplência ao Senado. Segundo ele, para o projeto do PT nacional é importante ter senadores, para apoiar, no Congresso, as decisões da presidente Dilma Rousseff (PT).
José Heluy revelou que Monteiro chegou a externar que o comando nacional tem a intenção de fortalecer o partido no senado, mas também garantiu que a única definição até agora é pela disputa à vice-governadoria. Heluy explica: “O PT é um partido nacional e tem sua engenharia em todo o país. Todas as decisões serão discutidas dentro das orientações da nacional. Mas iremos deixar claro todas nossas motivações e os interesses locais”, deixando claro que a decisão final será vertical.
Participação no governo
Segundo o presidente do PT, Raimundo Monteiro, o partido ainda não começou as negociações das secretarias caso vitória de Lobão Filho. “Vamos participar da candidatura, vamos integrar a coordenação de campanha e vamos participar do governo”, referiu-se Monteiro sobre as únicas certezas até o momento.
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